Marcado para 22 de agosto o júri de acusado de matar barbeiro a facadas em Paraguaçu Paulista 

Motivação do assassinato de Fávio Corleone foi um caso extraconjugal entre ele e a mulher do réu, segundo investigação da Polícia Civil. Tribunal do Júri acontece em 22 de agosto.



Motivação do assassinato de Fávio Corleone foi um caso extraconjugal entre ele e a mulher do réu, segundo investigação da 
Polícia Civil.

Foi marcado para o dia 22 de agosto, às 9h30, no Fórum de Paraguaçu Paulista, o Tribunal do Júri do vigilante Fagner Cesário da Silva, acusado de matar o cabeleireiro Fábio da Silva Melo, mais conhecido como Fábio Corleone. 

O caso ocorreu em junho do ano passado, após Fagner descobrir um caso extraconjugal entre sua então esposa e a vítima, segundo investigação policial. 

Em agosto de 2021, a primeira audiência de instrução e julgamento do crime no qual Fagner perseguiu a pé e matou a facadas o barbeiro acabou remarcada pela Justiça por causa da ausência de três testemunhas. 

Na ocasião, a juíza Larissa Kruger Vatzco chegou a ouvir o depoimento de sete testemunhas e aceitou as justificativas de ausência de outras três testemunhas, sendo uma de defesa e duas de acusação. 

A juíza também negou o pedido de liberdade provisória feito pela defesa do réu, alegando não haver elementos efetivos de que não haveria risco de fuga do acusado, já que no dia do crime o vigilante fugiu para Maracaí e somente na cidade vizinha foi preso pela Polícia Militar. 

Logo após o crime, o réu disse em depoimento à Polícia Civil que pensou em se entregar à polícia e, por isso, ficou sentado por um tempo ao lado da vítima caída no asfalto. 

No dia do crime, imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o vigilante invadiu o local de trabalho da vítima, uma barbearia na Rua Paraíba, no bairro Francisco Roberto, e saiu correndo atrás do barbeiro. Logo depois, é possível ver que uma mulher deixa a barbearia de moto. 

Na sequência, Fábio foi perseguido por vários quarteirões. A perseguição terminou na Rua Rachid Rosa, no Jardim das Oliveiras, onde o barbeiro foi esfaqueado. 

Segundo o delegado João Fernando Paula Rodrigues, que comandou as investigações na época, o vigilante afirmou que só não ficou no local até a chegada dos policiais porque os moradores da região começaram a ameaçá-lo de agressão. 

Pressionado, Fagner retornou à barbearia para pegar seu carro e fugiu tomando a direção de Maracaí, cidade vizinha que fica a cerca de 30 quilômetros, onde acabou detido pela Polícia Militar. 

Motivação passional
Segundo o delegado, a motivação do crime foi passional. As investigações e os depoimentos do réu e de testemunhas indicam que o barbeiro mantinha um relacionamento amoroso com a esposa do vigilante. 

Em seu depoimento, o vigilante afirma que "perdeu a cabeça" ao ver a esposa beijando a vítima. Segundo as investigações da Polícia Civil, o flagrante da traição teria acontecido no bairro Francisco Roberto, onde ficava a barbearia da vítima. 

Nas imagens das câmeras de segurança, é possível ver uma mulher deixando o local em uma moto logo após o vigilante iniciar a perseguição ao barbeiro. Segundo o delegado, a mulher seria a esposa de Fagner. 

Ainda em seu depoimento, o homem negou qualquer premeditação do crime, mas admitiu seu caráter passional. Ele disse que, ao flagrar a cena do beijo, perseguiu o barbeiro, foi ofendido por ele e, por isso, cometeu o crime.



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